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Resenha: A Seleção - Kiera Cass

Título: A Seleção
Autora: Kiera Cass
Editora: Companhia das letras (Selo Seguinte)
Lançamento: 2012
Nota: 3,8/5 estrelas
Sinopse: Para trinta e cinco garotas, a Seleção é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças de dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha.
Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes.

Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.
                                                        


Eu acho que estou praticamente submersa nesse mundo de distopia, lendo um depois do outro. E o engraçado é que estou lendo o que foi lançado primeiro por último, apesar de achar que no final das contas foi bom isso ter acontecido, assim li os outros sem nenhum preconceito prévio. Como já disse anteriormente pra mim por mais que todos esses livros tenham algo parecido eles são diferentes. Afinal até quando uma mesma história é contada por diferentes pessoas, ela será completamente distinta uma da outra.

Agora falando sobre A Seleção, nos primeiros capítulos eu perdi as contas de quantas vezes eu revirei os olhos lendo. Serio! Essa menina não tinha como falar ou pensar coisas mais brega ou exageradas? Parecia que ela era uma dessas meninas muito enjoadinhas que estão apaixonadas por estar apaixonada. Frases como: “eu não conseguia imaginar alguém em Illéa estivesse mais apaixonada que nós” me deixavam totalmente entediada e revirando os olhos. Além disso, o jeito da America estava me irritando, parecia que ela só tinha olhos pro próprio umbigo e o pro do “amor da vida dela”. Na verdade é que pelo jeito que ela se comportava parecia que ela tinha nascido com a vida ganha. Sim, ela estava me irritando demais e comecei a torcer pra o livro mudar, senão eu não ia agüentar.

Graças a Deus o livro muda de linha! A história começa a ficar muito mais interessante quando America chega ao castelo e conhece o Maxon. Desse momento em diante a história passa a ser divertida, ela deixa de ser uma menina tonta para alguém normal. O Maxon é adorável e a amizade que eles vão forjando vai ficando cada vez mais interessante e forte, com o decorrer do livro vemos os personagens ficarem cada vez melhor, apesar de algumas vezes querer socar America.
Eu consigo entender toda essa história de triangulo amoroso, mas porque tinham que transformar a America numa dondoca, que parece que sugam o cérebro quando as coisas mudam? Pra mim quando a autora faz isso perde a graça. Alguém me explica porque não poderia ter o triangulo, mas sem tornar a menina numa idiota descebrada?

Outra coisa, não sei se fui somente eu que ficou meio engasgada com a história todo da origem da Elléa e o jeito com que a autora simplesmente ignorou tudo relacionado à America Latina, como se o mundo se resumisse a Europa, Ásia e Estados Unidos. Além disso, nesse mundo não existem negros? Não sei se passei por alto, mas não me lembro de ter lido que alguma das meninas era negra. E se isso não fora pouco haha ainda tem um personagem machista. Não sei se nos outros livros alguma dessas coisas muda, mas esses pontos me incomodaram muito.

Em suma, o livro começou meio enjoadinho, depois foi ficando melhor, teve até momentos em que eu ri e achei fofo o que estava acontecendo. Só as mil personalidades da America que iam e viam que me desagradaram um pouco. Foi um livro que eu recomendaria para ler, mas que não é o livro da minha vida. Lerei os próximos e quero ver que linha a autora vai seguir nesses, apesar de ser meio obvio. Porém o que eu realmente espero é que nos outros as temáticas que me incomodaram estejam diferentes.


Besitos

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